Capítulo 16
Capítulo 16
“Se não fosse pela bondade da Morgana, você estaria na cadeia agoral – Adonis repreendeu com uma voz gelada.
Eu estava ali, parada, entorpecida, sem me ajoelhar diante das palavras deles.
Também me recusei a pedir desculpas.
“Bem, se ela não quer pedir desculpas, pode nos acompanhar e se divertir um pouco esta noite. Prometo que não vamos exagerar” – Alguns herdeiros ricos zombavam com risos maliciosos.
Permaneci firme, encarando Adonis: “Já expliquei… não fui eu que a empurrei. Por que você não acredita
em mim?”
Adonis franziu a testa, impaciente: “Você mente compulsivamente…
“Certo…” – interrompi Adonis antes que ele pudesse continuar.
Realmente não conseguia suportar mais dor vinda dele.
“Peço desculpas.”
Olhei para Morgana e sorri: “Você venceu.”
Morgana olhou para Adonis: “Deixa para lá, ela não está pedindo desculpas de coração.”
“Luna!” – Adonis me advertiu.
Recuei um passo, colocando cuidadosamente o buqué de flores no chão.
Como desejei receber um presente de Adonis, mesmo que fosse apenas um buqué.
Mas nunca recebi.
Com as pernas tremendo, me ajoelhei.
Adonis desviou o olhar, sem dizer nada.
“Luna, levanta, eu sei que não foi intencional” – Morgana falou como se fosse a boazinha.
Não respondi e nem fiz menção de levantar.
“Adonis, considera isso como pagamento daquela vez em que você me salvou desesperadamente. Estou quitando nossa dívida…” – O resto é só dinheiro.
Dinheiro, eu daria um jeito..
Adonis apertou os punhos: “Se ela quer se ajoelhar, que fique ai!”
No quarto do hospital, o grupo ria e zombava.
Eles se divertiam com suas palavras cruéis enquanto eu permanecia ajoelhada no chão frio, das quatro da tarde até as sete da noite.
Até que minhas pernas adormeceram e eu desmalei de exaustão.
“Luna! Para de fingir!”
Capítulo 16
Quando acordei novamente, estava na cama do hospital, com um soro pingando.
O quarto estava vazio, só eu estava lá.
Desconectei a agulha do soro e levantei, suportando a dor nos pés, e mancando, parti.
Depois de dois dias de chuva, finalmente fez sol, mas ainda estava frio.
O outono de Cidade Labirinto é assim, desolador e frio.
“Não deixem ele escapar, um ladrão! Peguem o ladrão.”
Caminhando pelo beco, fui empurrada por alguém.
De longe, ouvi gritos para pegar o ladrão.
O fugitivo parou ao me ver.
Nossos olhares se cruzaram.
Ele era alto, usando um boné e uma máscara; só podia ver seus olhos, claros e suplicantes.
Ele me puxou para trás de uma lixeira, tapando minha boca para silenciar meus gritos.
Pude ouvir claramente sua respiração e batimentos cardíacos.
Quando os perseguidores se foram, ele me soltou e se virou para correr.
“Por que está roubando?” – Perguntei suavemente.
Ele ficou de costas para mim, de cabeça baixa, em silêncio.
Percebi que ele era jovem.
“Aqui está algum dinheiro e este bracelete… deve valer alguma coisa também. Você pode ficar com tudo“. Tirei o dinheiro do bolso e a pulseira do pulso, coloquei–os em cima da lata de lixo e fui embora mancando.
Ele não disse nada e não me seguiu.
Essa pulseira, eu sempre a valorizei, nunca a tirei, não importa o que acontecesse.
Foi um presente de Adonis em meu aniversário de 18 anos, depois que meus pais morreram.
Foi o único presente que recebi dele.
Antes, eu o valorizava, mas agora eu só queria ir embora.
Não queria me contaminar com nada que tivesse a ver com ele.
Por desgosto. Còntens bel0ngs to Nô(v)elDr/a/ma.Org
Andei sem rumo pelas ruas e, quando voltei à casa dos Tavares, já estava escuro.
Meu celular estava sem bateria, mas ninguém entraria em contato comigo de qualquer forma.
“Luna! Onde você estava?” – Adonis explodiu ao me ver: “Tentei ligar para você, por que não atendeu?”
Ele correu até mim e agarrou meus ombros.
Naquele momento, ele parecia realmente preocupado comigo.
Afastei meu braço dele e me virei, indiferente: “A bateria acabou.”
Capítulo 16
Ele parecia frustrado: “É tão difícil pedir desculpas por seus próprios erros? O que faz você se sentir ofendido?”
Não respondi.
Ele se irritou comigo assim, segurou meu pulso com força, seu rosto escureceu: “E a pulseira?”
Eu olhei para ele surpresa, não acreditando que ele tivesse notado a falta da minha pulseira.
Cheguei a pensar que, mesmo se eu morresse, ele nem ligaria.
“Perdi” – Eu disse, como se não fosse grande coisa.
“Luna! Você tem noção de que aquela pulseira era para mim…” – Adonis começou a dizer algo, mas parou, hesitante em continuar.